Meu filho não sai do celular. E agora?

Quando o assunto é lidar com o uso excessivo das telas, logo pensamos em punição, castigo, proibir o uso da tecnologia. E, quando nada parece funcionar, fazemos vistas grossa para o problema, pois preferimos evitar a fadiga ou simplesmente colocamos a culpa na tecnologia.

É importante refletir. O problema é a tecnologia ou a forma de uso? O que o seu filho pode perder com o uso exagerado? São muitos os prejuízos como: baixo relacionamento interpessoal, problemas na saúde física e emocional, comprometimento das habilidades de comunicação e de resolução de problemas.

Esse é um problema muito comum nas famílias. Assim, é preciso conversar sobre esse assunto tão necessário.  Diante dos desafios, muitos pais não sabem mais o que fazer para melhorar o uso das tecnologias dentro de casa. Para auxiliar nessa demanda vou sugerir o uso de algumas ferramentas para lidar com essa questão.

É muito difícil falar isso, mas as telas, principalmente o celular, têm se tornado uma “chupeta tecnológica”. Sendo utilizado constantemente para controlarmos os comportamentos das crianças.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda uso das telas a partir de 2 anos de idade. Antes disso, não é recomendada a exposição da criança, por possíveis riscos ao seu desenvolvimento. Falando em crianças pequenas, podemos utilizar algumas estratégias que não seja o celular para distrair e redirecionar o comportamento.

Algumas dicas para crianças pequenas:

  • Guarde um brinquedo especial para utilizar quando precisar sair. Será novidade e poderá deixar a criança entretida quando você necessitar conversar ou resolver algum problema.
  • Para os maiores, use massinha, livros de colorir.
  • Algumas pessoas deixam no carro ou na bolsa alguns kits que podem ser interessantes para a criança. Você pode criar um!

Quando um responsável coloca um vídeo para a criança se acalmar ou entrega a ela o celular, ele está atendendo uma demanda sua e não da criança! Então, cabe aqui os seguintes questionamentos:

  • É respeitoso?
  • Será que a criança necessita disso?

Às vezes, no calor da emoção e na correria do dia, recorremos às estratégias mais fáceis. Porém, precisamos pensar no longo prazo!

Se você tem ou já teve essas atitudes não se culpe, mas procure ajuda para mudar esse cenário.

Nunca é tarde para começarmos a mudança!

Pollyana Fernandes
Pedagoga, psicopedagoga, neuropsicopedagoga. Educadora parental em Disciplina Positiva.
Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil no IEMP

Leia também o texto Dependência tecnológica. Como saber se meu filho pode está desenvolvendo essa dependência?

Assista também o vídeo da coordenadora Ana Carolina, dos anos Iniciais no IEMP, no Instagram do IEMP!

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