Ao final de cada etapa letiva e, principalmente, do ano escolar, a equipe pedagógica do IEMP reúne-se para analisar os resultados alcançados e obter respostas para perguntas simples como, por que alguns estudantes desenvolvem mais habilidades cognitivas e socioemocionais e outros menos, submetidos aos mesmos processos? Buscando respostas, como também, solução, encontramos um caminho plausível na motivação para essa questão.
Nesse texto, pretendemos te ajudar a compreender a força da motivação no cenário escolar e como ela pode beneficiar o estudante a melhorar seu desempenho. A palavra motivação provém de “motivus”, expressão em latim relativo a movimento. Na definição de incentivo para determinado comportamento, encontramos ainda outros significados como: encorajamento, estímulo, impulso, ânimo, que, de forma simplificada, podemos dizer que motivação é a energia ou impulso para uma ação, uma força que nos faz conquistar um objetivo. Assim sendo, a motivação está relacionada à nossa vontade para agir e se comportar intencional e objetivamente. Agora que sabemos o que é motivação, vamos aprender como ela funciona e de que forma a escola e pais podem instrumentalizá-la em benefício do estudante. Para isso, vamos nos fundamentar na teoria da autodeterminação concebida pelos psicólogos e pesquisadores Richard M. Ryan e Edward L. Deci, que define dois tipos de motivação: autônoma e controlada. A motivação autônoma, também conhecida por motivação intrínseca, vem de dentro do próprio indivíduo; está relacionada ao nosso prazer em fazer algo. São nossas vontades e interesses. A motivação extrínseca ou controlada vem do meio externo, ligada a ações que fazemos por necessidade, medo ou recompensa, como responsabilidades e obrigações. No ambiente escolar, é coerente favorecer o desenvolvimento da motivação autônoma/intrínseca, pois ela não apenas sustenta o envolvimento dos estudantes em tarefas de aprendizagens, como também, viabiliza a permanência e conclusão das mesmas, sem a necessidade de recompensas. Ela é evidenciada através da disposição do estudante de ampliar seu conhecimento, pela participação nas aulas e sua dedicação nas atividades. No entanto, não podemos desconsiderar a eficácia da motivação controlada/extrínseca, visto que, a recompensa, por meio do elogio do professor e valorização dos pais, também colabora e incentiva com a aprendizagem.
Em consonância com as vantagens da motivação no processo de aprendizagem, cabe à escola, professores, agentes da educação, disponibilizarem atividades interessantes que gerem envolvimento e autonomia, demonstrem a utilidade dos conhecimentos, apoiem os interesses dos estudantes e promovam um sentido de grupo através de tarefas colaborativas. A família também pode e deve contribuir, acompanhando as atividades, participando, incentivando e elogiando cada conquista, amparando nos momentos difíceis, mas sem comprometer a autor responsabilidade do filho. Desse modo, os estudantes estarão no caminho da autodeterminação e se preparando para um futuro próspero e repleto de oportunidades.
Carla Souza
Coordenadora do Ensino Fundamental Anos Finais.
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