Com o avanço da revolução tecnológica, temos o surgimento da geração Z, composta por indivíduos que tem íntima relação com o mundo digital. São pessoas que cresceram jogando videogame, aprenderam a relacionar-se pelas redes sociais e usar aplicativos. Esses fatores influenciam diretamente os hábitos e a forma como as pessoas se comportam. Talvez, por esse motivo, crianças, adolescentes e jovens, acostumados com o mundo tecnológico, acabam, de forma natural, expondo sua rotina, ou parte dela, nas redes sociais, inspirados também, pelo sucesso de atletas, artistas, digital influencers, anônimos que ganham curtidas e visibilidade. No entanto, a proximidade dos nativos digitais com a tecnologia, não os tornam instantaneamente capacitados para compreender, distinguir e usar, de maneira eficiente e segura, as plataformas disponíveis na internet. A prova disso é o impacto negativo da superexposição e inúmeros casos de cancelamento virtual. Mas como conciliar essa realidade de interagir pelas redes sociais e, ao mesmo tempo, preservar a própria imagem? Essa tem sido uma indagação importante no meio acadêmico e uma oportunidade para debater um tema relevante que tem impactado nossa sociedade. Nesse contexto, cabe aos pais e a escola entender essa geração conectada e compreender as redes sociais como meio de comunicação, propaganda e entretenimento, para que pessoas e empresas conectem-se e se apresentem; indicando oportunidades. Assim, os usuários compartilham valores, objetivos, possibilidades, novas amizades viabilizando relacionamentos entre os envolvidos – “seguidores”, “amigos virtuais”. É legítimo usufruir de todas as vantagens do universo digital, no entanto, é preciso ter conhecimento sobre o uso inadequado dessas ferramentas e plataformas, pois as crianças e jovens são vulneráveis e acabam por se expor demasiadamente. Não é raro encontrar casos nos tribunais que envolvem o tema, e, inevitavelmente, os pais acabam respondendo judicialmente pelos equívocos de seus filhos, que muitas vezes, agem sem conhecimento no calor das emoções. Desse modo, o correto é orientar nossas crianças e jovens sobre a forma correta de se comportarem virtualmente, evitando assim, os prejuízos morais, éticos e ou materiais que, por ventura, venham sofrer ou dar causa. Diante da importância das redes sociais para a sociedade, o melhor caminho é usufruí-la com cuidado, sempre avaliando as postagens e se a propagação poderia trazer constrangimento para si ou para terceiros.
Carla Luciane de Souza Pereira
Coordenadora do Ensino Fundamental Anos Finais